Prezados Irmãos em Cristo,




Nosso desejo é expandir a Luz de acordo com os preceitos de Cristo, alicerçados na doutrina espírita através das orientações dos Espíritos Superiores, norteados também pela codificação de Allan Kardeck.

Segundo Philomeno de Miranda, em Temas da Vida e da Morte - Parte 1

Preparar-se para dormir é muito importante - O inverso disso também ocorre amiúde, quando o homem aspira aos ideais de enobrecimento da Humanidade, tornando-se instrumento dos promotores da evolução no mundo. As suas horas de sono são aproveitadas para engrandecimento dos ideais, amadurecimento das aspirações, enriquecimento dos planos do bem. E pelo fato de ter mais aguçadas as faculdades da alma, encontra ímpares satisfações nesses colóquios e visitas, graças aos quais se encoraja e felicita, podendo levar os labores adiante com alta dose de valor, que aos demais surpreende. Tal como ocorre no fenômeno da morte, no qual a consciência passa por um torpor, perturbação que é variável, de acordo com as conquistas de cada um, a lucidez durante o sono, nas experiências oníricas, está a depender da densidade vibratória das emoções com que se pauta a vida, no cotidiano. Assim, um programa bem organizado para antes de dormir constituirá emulação para o Espírito, no ato do desprendimento, transferir-se a regiões felizes e contactar Entidades nobres, conquistando os tesouros da paz, da aprendizagem, da ação relevante, enquanto o corpo repousa. É de bom alvitre, pois, que o homem se disponha a cooperar com os Benfeitores da Humanidade nas suas obras fomentadoras do progresso, participando dos seus empenhos com tal ardor que, em retornando ao corpo, permaneça telementalizado por eles, dando curso ao empreendimento na esfera carnal. Diante de realizações enobrecedoras na Terra, pode o Espírito prosseguir, ao desprender-se pelo sono, sob a tutela dos seus Guias Espirituais, corrigindo enganos e adquirindo mais amplos recursos e entendimento para promover esse trabalho, que não deve ser interrompido. (Vida, Sono e Sonho, pp. 27 e 28.)

Morte não é sinônimo de desencarnação - Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, ou seja, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual. De conformidade com a lei da entropia, que estabelece a necessidade da energia para a manutenção da vida, a morte é o efeito imediato da carência desse agente, seja a pouco e pouco, pelo envelhecimento dos órgãos, que já não se renovam, ou mediante a violência, de qualquer modalidade, que lhe impede a sustentação das moléculas que se aglutinam sob sua força de coesão.  Tendo em vista que o homem procede do mundo espiritual, a morte é o veículo que o reconduz à sua origem, onde cada qual ressurge com as características definidoras de suas conquistas. Morrer é, pois, muito fácil, isto é, interromper o ciclo orgânico, o que não significa deixar de viver, desde que, indestrutível, a vida ressurge sob outro aspecto, sem que haja cessação do seu curso ou outra qualquer forma de aniquilamento. (Morte e desencarnação, pp. 77 e 78.)

O homem de bem, morto o corpo, desprende-se logo dos despojos físicos - A desencarnação dá-se também, noutras circunstâncias, mesmo antes da ocorrência da morte física, quando o ser, voltado para a realidade maior, a causal, começa a transferir as aspirações e anelos para esta, vivendo e agindo no mundo sem que se deixe aprisionar aos seus grilhões. Nesse sentido, o sofrimento resignado tem papel relevante, porque faculta a superação dos condicionamentos, transformando sensações grosseiras em emoções menos densas que as cargas das paixões primitivas. Em outros casos, a desencarnação se inicia mesmo durante a vida física, através das atitudes idealistas, missionárias, em que a abnegação, a renúncia, o sacrifício e o amor em dimensões mais amplas sutilizam o peso específico da organização material, transformando as correntes de energia que transitam do ser espiritual para o corpo e vice-versa, agindo nos implementos orgânicos de forma menos densa. Biologicamente, começa-se a morrer desde quando se começa a viver, pois que as transformações celulares se dão incessantemente. A morte deve merecer estudos e reflexões por parte de todos os homens, mergulhados que estão nas correntes da vida, temporariamente amortecidas a lucidez e as recordações pela indumentária carnal. Visto o assunto dessa maneira, entende-se por que, em muitos casos, para morrer e logo desencarnar e libertar-se é necessário ter merecimento. Permanecer num corpo mutilado e dorido, sob os camartelos das aflições morais e físicas, constitui necessidade inadiável, e essa conduta na dor facultará ou não a libertação, conforme seja vivida. Como cada homem tem a vida de que precisa, na Terra, para crescer e ser feliz, cada qual tem a morte a que faz jus, em razão dos atos praticados. O homem de bem, diante dessa proposta, opta evidentemente pela conduta de libertação, graças à qual, tão logo se interrompa a vida orgânica, ele se desprende dos despojos físicos e de suas implicações escravocratas, ensejando-se-lhe a libertação real, no retorno feliz ao lar que o aguarda após a experiência evolutiva ora concluída.  (Morte e desencarnação, pp. 80 e 81.)

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