Prezados Irmãos em Cristo,




Nosso desejo é expandir a Luz de acordo com os preceitos de Cristo, alicerçados na doutrina espírita através das orientações dos Espíritos Superiores, norteados também pela codificação de Allan Kardeck.

A BEM DA VERDADE.

Com indispensável espírito de crítica à Doutrina que professamos, a fim de que não venhamos a incorrer no equívoco do dogmatismo, analisemos as obras do chamado Pentateuco Kardeciano.


O LIVRO DOS ESPÍRITOS: extraordinária obra que encerra os Princípios Básicos, inamovíveis do Espiritismo, e que, em seus fundamentos, jamais será ultrapassada. Não obstante, em sã consciência, não podemos afirmar que encerre toda a Verdade, que, em seu natural dinamismo, sob a ótica da Fé Racionada, sempre haverá de acompanhar as luzes do entendimento humano.


O LIVRO DOS MÉDIUNS: trabalho excepcional e sem precedentes na história do Espiritualismo, através do qual o Codificador, por assim dizer, regulamentou, de maneira ética, o intercâmbio entre os Dois Planos da Vida. Todavia, mais direcionado para a orientação da mediunidade de natureza psicográfica, e publicado em 1861, não contém informações mais abrangentes sobre os vários aspectos mediúnicos da atualidade. O seu mérito indiscutível foi o de, principalmente, separar mediunidade de obsessão, concedendo cidadania aos médiuns que, até então, eram considerados na condição de alienados mentais.


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO: das obras que constituem o Pentateuco, em nossa sincera opinião, é sempre a mais atual, de vez que, apoiando-se nos ensinamentos de Jesus, enfeixam as “palavras de Vida Eterna”, com aplicação prática indispensável à evolução do espírito. Dos livros da Codificação, contrariamente ao que dizem certos críticos, consideramos que, sob o aspecto doutrinário, ele seja mesmo o único a não exigir necessários desdobramentos.


O CÉU E O INFERNO: este quarto volume da Codificação Espírita nos conduz ao limiar da vida do espírito no Mundo Espiritual, e, da época em que foi escrito até agora, tem importância fundamental para o melhor conhecimento de como funciona a Lei de Causa e Efeito. Nele, Allan Kardec abriu espaço para o depoimento dos habitantes comuns da Vida além da morte, com o propósito de que a visão dos homens sobre ela não se restringisse à opinião dos Espíritos Superiores. Importante ensaio para as revelações que, cerca de um século depois, caberia a André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, dar legítima continuidade.


A GÊNESE: das Obras consideradas básicas, talvez seja, pela sua própria natureza, a menos completa, porque, com um enfoque mais científico da Criação, esteve e está sujeita às constantes descobertas no que tange à maior aproximação da realidade concreta, principalmente do seu capítulo VI ao X! Em alguns trechos destes referidos capítulos, têm-se a participação espiritual de Galileu Galilei, pela mediunidade do jovem astrônomo Camille Flammarion, que, nos conceitos exarados, não hesitou em declarar a relatividade de seus conhecimentos.


Assim sendo, diz-nos o bom senso que não se deve limitar o conhecimento do Espiritismo apenas e tão somente a Allan Kardec, sumariamente rotulando de antidoutrinário o que não esteja explícito nas obras de sua lavra.

Aceitando a Mediunidade

Depois dos primeiros indícios do afloramento da mediunidade os médiuns menos teimosos buscam auxílio com pessoas mais experientes, sejam outros médiuns ou estudiosos do assunto.
MUITO CUIDADO NESSE MOMENTO, todo o trabalho de preparação montado pelos mentores pode desmoronar porque a pessoa que foi falar com o médium é um radical ou alguém que usa o contato com o plano espiritual para obter benefícios próprios.

Depois de aceitar a mediunidade o médium deve ter paciência, embora seja difícil porque muitas vezes está desesperado com as sensações mediúnicas. Contudo, querendo ou não ele deverá esperar, porque o alívio será gradual e o controle somente ocorrerá depois de algum tempo de aprimoramento.

Vamos abordar algumas dúvidas comuns para os que sentem sua mediunidade aflorar de forma descontrolada.

Não adianta fugir ou fingir, você sempre terá essas sensações.

Mediunidade é uma aptidão, o médium foi preparado antes de nascer para obter uma sensibilidade que está além do seu estado evolutivo, seu corpo astral e etérico estão preparados para comunicação (de acordo com o tipo de mediunidade) com o mundo espiritual, por isso não adianta achar que “aquela sensação” não acontecerá novamente.
O estudo e aprimoramento são importantes porque o médium passa a entender suas sensações (perde o medo) e também a manter contato com espíritos superiores, que trazem sensações suaves e agradáveis. Falaremos mais sobre esse assunto no item 5.
Alguns médiuns são afastados do trabalho mediúnico quando chegam a idade avançada, já que existe um desgaste físico, principalmente em reuniões de desobsessão. Nesses casos o médium cumpriu seu “mandato” mediúnico, sendo sempre auxiliado por seu mentor.
Allan Kardec fala sobre o assunto no Livro dos Médiuns:
"Para isso, em vez de pôr óbices ao fenômeno, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de ser perigosa, o que se tem de fazer é concitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. "

Continua...

Terrorismo Espiritual: "Ihhh... É médium... TEM QUE TRABALHAR!!"

Infelizmente muitos médiuns esquecem de como chegaram ao centro que hoje freqüentam, é muito humano o esquecimento, a vaidade, o orgulho, a sensação de superioridade.
Por terem encontrado no trabalho espiritual uma fonte de luz acreditam que essa é a solução, se trabalhar espiritualmente o seu problema acaba.


Esquecem que o médium descontrolado que pede ajuda está massacrado pelo mundo espiritual (para ele o astral inferior é o mundo espiritual, ele só conhece o que sente) e o querido amigo médium fala para ele que ele tem que trabalhar....???!!
Tenhamos um pouco de sensibilidade e humildade, uma conversa amiga, um conselho, ouvir o que o irmão precisa falar, é disso que ele precisa.

O médium descontrolado não pode ser obrigado a trabalhar, se o mentor que o acompanha não se faz visível e fala que ele tem que trabalhar então que dirá do médium que o recebe no centro.

Na hora certa ele poderá escolher, porque o trabalho mediúnico tem que ser realizado de corpo e alma, restrições, mudanças, muita força de vontade, coragem, perseverança, etc... Não se pode obrigar ninguém a fazer isso, é uma opção e ela tem que vir de dentro.
Temos a obrigação de aconselhar o estudo, mostrar a importância da freqüência ao centro, falar sobre o Evangelho no Lar, etc.


Existem também alguns que se aproximarão da casa espírita como doadores de energia, sua presença é importantíssima para os trabalhos de cura ou de desobsessão, não é obrigatório que ele se aprimore mediunicamente, seu infinito amor por Jesus é importante para auxiliar nas reuniões.

Nunca é Demais!!

“Sede, na oração, perseverantes.” (Paulo – Romanos – 12:12)





Diretamente convidado a uma decisão, no tumulto dos conflitos complexos, busque a inspiração superior através da prece.
Um momento de prece dirime problemas largamente cultivados.
Instado por dificuldade à rebeldia e ao desequilíbrio, faça uma pausa para a prece.
A prece não apenas aponta rumos quanto tranquiliza interiormente.


Açodado pelas paixões inferiores e vencido na psicosfera negativa do ambiente em que vive, erga-se à prece edificante.
A prece não somente sustenta o bom ânimo como também luariza os sentimentos.
Tombado por falta de apoio e aturdido nos melhores propósitos acalentados, tente o convívio da prece antes de desertar.

A prece não é só uma ponte que o leva a Deus, porém uma alavanca a impeli-lo para sair do desânimo que o prostra.
Atordoado por informações infelizes e vitupérios; apedrejado por incompreensões indevidas, mergulhe a mente na prece antes do revide.
A prece não constitui um paliativo exclusivo, sendo, também, inexaurível e abençoada fonte de renovação e entusiasmo.


Examinando o problema imenso que se avulta, aquietado pelas complexas engrenagens das decisões, estugue o passo, faça uma prece.
A prece tem o poder de clarificar os horizontes e içar o homem do abismo às cumeadas libertadoras.
Concluída a tarefa em que recolheu bênçãos e júbilos, não se esqueça da prece.


A prece não lhe constitua um instrumento de rogativa e solicitação incessantes, tornando-se, também, um telefônio para expressar o reconhecimento e a gratidão com que você exporá os sentimentos renovados ao Pai Celestial.
Não se trata de beatice, nem tampouco de pieguismo emocional.


Se lhe é justo permitir-se o pessimismo e o desaire, conservando a negação e o dissabor, a prece contituir-lhe-á bastão de apoio, medicamento reconfortante, pão nutriente porquanto cada um sintoniza com aquilo em que pensa e vibra.
Orando, você, naturalmente, haurirá nas fontes inesgotáveis da Divina Providência as energias necessárias para o êxito dos seus cometimentos.


Não se deixe vencer pelos que o abordam com ceticismo e preferem a manifestação cínica diante do seu estado de prece e de confiança.
Uma prece a mais nunca é demais.
(Por Marco Prisco - Divaldo P. Franco. In: Momentos de Decisão)

Reconciliar-se com os adversários

Concerta-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá, enquanto não pegares o último ceitil.” (Mateus, V: 25 e 26)



Há, na prática do perdão e na prática do bem em geral, além de um efeito moral, um efeito também material. A morte, como se sabe, não nos livra dos nossos inimigos. Os Espíritos vingativos perseguem sempre com o seu ódio, além da sepultura, aqueles que ainda são objeto do seu rancor. Daí ser falso, quando aplicado ao homem, o provérbio: “morto o cão, acaba a raiva”. O Espírito mau espera que aquele a quem quer mal esteja encerrado em seu corpo, e assim menos livre, para mais facilmente o atormentar, atingindo-o nos seus interesses ou nas suas mais caras afeições.
É necessário ver nesse fato a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo daqueles que apresentam certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsedado e o possesso são, pois, quase sempre, vítimas de uma vingança anterior, a que provavelmente deram motivo por sua conduta. Deus permite a situação atual, para os punir do mal que fizeram, ou, se não o fizeram, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, deixando de perdoar.
                                                                       
Importa, pois, com vistas à tranquilidade futura, reparar o mais cedo possível os males que se tenham praticado em relação ao próximo, e perdoar aos inimigos, para assim se extinguirem, antes da morte, todos os motivos de desavença, toda causa profunda de animosidade posterior. Dessa maneira, se pode fazer, de um inimigo encarnado neste mundo, um amigo no outro, ou pelo menos ficar com a boa causa, e Deus não deixa ao sabor da vingança aquele que soube perdoar.
Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não quer apenas evitar as discórdias na vida presente, mas também evitar que elas se perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, disse ele, enquanto não pagardes o último ceitil, ou seja, até que a justiça divina não esteja completamente satisfeita.


O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
(Cap. X – Bem-Aventurados os Misericordiosos)
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