Prezados Irmãos em Cristo,




Nosso desejo é expandir a Luz de acordo com os preceitos de Cristo, alicerçados na doutrina espírita através das orientações dos Espíritos Superiores, norteados também pela codificação de Allan Kardeck.
Lamentar-se por quê?... Aprender sempre, sim. Cada criatura colherá da vida não só pelo que faz, mas também conforme esteja fazendo aquilo que faz. 
Não se engane com falsas apreciações acerca de justiça, porque o tempo é o juiz... de todos. Recorde: tudo recebemos de Deus que nos transforma ou retira isso ou aquilo, segundo as nossas necessidades.

A humildade é um anjo mudo. Tanto menos você necessite, mais terá. Amanhã será, sem dúvida, um belo dia. Mas para trabalhar e servir, renovar e aprender, hoje é melhor. 

Não se iluda com a suposta felicidade daqueles que abandonam os próprios deveres, de vez que transitoriamente buscam fugir de si próprios como quem se embriaga para esquecer.

O tempo é ouro, mas o serviço é luz. Só existe um mal a temer: aquele que ainda exista em nós. 
Não parar na edificação do bem, nem para colher os louros do espetáculo, nem para contar as pedras do caminho.

A tarefa parece fracassar? Siga adiante, trabalhando, que muita vez é necessário sofrer, a fim de que Deus nos atenda à renovação.


(André Luiz / Chico Xavier - Livro: Sinal Verde)

Segundo Philomeno de Miranda, em Temas da Vida e da Morte - Parte 1

Preparar-se para dormir é muito importante - O inverso disso também ocorre amiúde, quando o homem aspira aos ideais de enobrecimento da Humanidade, tornando-se instrumento dos promotores da evolução no mundo. As suas horas de sono são aproveitadas para engrandecimento dos ideais, amadurecimento das aspirações, enriquecimento dos planos do bem. E pelo fato de ter mais aguçadas as faculdades da alma, encontra ímpares satisfações nesses colóquios e visitas, graças aos quais se encoraja e felicita, podendo levar os labores adiante com alta dose de valor, que aos demais surpreende. Tal como ocorre no fenômeno da morte, no qual a consciência passa por um torpor, perturbação que é variável, de acordo com as conquistas de cada um, a lucidez durante o sono, nas experiências oníricas, está a depender da densidade vibratória das emoções com que se pauta a vida, no cotidiano. Assim, um programa bem organizado para antes de dormir constituirá emulação para o Espírito, no ato do desprendimento, transferir-se a regiões felizes e contactar Entidades nobres, conquistando os tesouros da paz, da aprendizagem, da ação relevante, enquanto o corpo repousa. É de bom alvitre, pois, que o homem se disponha a cooperar com os Benfeitores da Humanidade nas suas obras fomentadoras do progresso, participando dos seus empenhos com tal ardor que, em retornando ao corpo, permaneça telementalizado por eles, dando curso ao empreendimento na esfera carnal. Diante de realizações enobrecedoras na Terra, pode o Espírito prosseguir, ao desprender-se pelo sono, sob a tutela dos seus Guias Espirituais, corrigindo enganos e adquirindo mais amplos recursos e entendimento para promover esse trabalho, que não deve ser interrompido. (Vida, Sono e Sonho, pp. 27 e 28.)

Morte não é sinônimo de desencarnação - Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, ou seja, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual. De conformidade com a lei da entropia, que estabelece a necessidade da energia para a manutenção da vida, a morte é o efeito imediato da carência desse agente, seja a pouco e pouco, pelo envelhecimento dos órgãos, que já não se renovam, ou mediante a violência, de qualquer modalidade, que lhe impede a sustentação das moléculas que se aglutinam sob sua força de coesão.  Tendo em vista que o homem procede do mundo espiritual, a morte é o veículo que o reconduz à sua origem, onde cada qual ressurge com as características definidoras de suas conquistas. Morrer é, pois, muito fácil, isto é, interromper o ciclo orgânico, o que não significa deixar de viver, desde que, indestrutível, a vida ressurge sob outro aspecto, sem que haja cessação do seu curso ou outra qualquer forma de aniquilamento. (Morte e desencarnação, pp. 77 e 78.)

O homem de bem, morto o corpo, desprende-se logo dos despojos físicos - A desencarnação dá-se também, noutras circunstâncias, mesmo antes da ocorrência da morte física, quando o ser, voltado para a realidade maior, a causal, começa a transferir as aspirações e anelos para esta, vivendo e agindo no mundo sem que se deixe aprisionar aos seus grilhões. Nesse sentido, o sofrimento resignado tem papel relevante, porque faculta a superação dos condicionamentos, transformando sensações grosseiras em emoções menos densas que as cargas das paixões primitivas. Em outros casos, a desencarnação se inicia mesmo durante a vida física, através das atitudes idealistas, missionárias, em que a abnegação, a renúncia, o sacrifício e o amor em dimensões mais amplas sutilizam o peso específico da organização material, transformando as correntes de energia que transitam do ser espiritual para o corpo e vice-versa, agindo nos implementos orgânicos de forma menos densa. Biologicamente, começa-se a morrer desde quando se começa a viver, pois que as transformações celulares se dão incessantemente. A morte deve merecer estudos e reflexões por parte de todos os homens, mergulhados que estão nas correntes da vida, temporariamente amortecidas a lucidez e as recordações pela indumentária carnal. Visto o assunto dessa maneira, entende-se por que, em muitos casos, para morrer e logo desencarnar e libertar-se é necessário ter merecimento. Permanecer num corpo mutilado e dorido, sob os camartelos das aflições morais e físicas, constitui necessidade inadiável, e essa conduta na dor facultará ou não a libertação, conforme seja vivida. Como cada homem tem a vida de que precisa, na Terra, para crescer e ser feliz, cada qual tem a morte a que faz jus, em razão dos atos praticados. O homem de bem, diante dessa proposta, opta evidentemente pela conduta de libertação, graças à qual, tão logo se interrompa a vida orgânica, ele se desprende dos despojos físicos e de suas implicações escravocratas, ensejando-se-lhe a libertação real, no retorno feliz ao lar que o aguarda após a experiência evolutiva ora concluída.  (Morte e desencarnação, pp. 80 e 81.)
Aprender a morrer tornou-se para os orientais uma necessidade ética - Atribui-se à tradição espiritualista oriental a idéia de que os pensamentos finais do moribundo, acalentados por hábito natural, se encarregarão de plasmar o seu futuro corpo, no processo de reencarnação, nele fixando, por aspiração livre, os valores e recursos necessários para o progresso. Certamente, as idéias negativas e deprimentes estabeleceriam comportamentos orgânicos e nervosos em padrões de sofrimento, assim como os anelos nobres dariam gênese a formas e funções harmônicas na vida seguinte, embora sujeitas às imposições cármicas decorrentes das ações praticadas. Em face dessa crença, fazia-se necessário que o homem aprendesse a morrer, cogitando de reflexionar a respeito da fatalidade biológica em consonância com a harmonia íntima, responsável pelas futuras experiências carnais. Aprender a morrer tornou-se, para a cultura oriental ancestral, uma necessidade ética, filosófica e religiosa, tendo em vista a fragilidade e a pequena duração da vida carnal. Segundo a mesma doutrina, aprendendo-se a morrer, está-se aprendendo a viver em níveis superiores de entendimento e ganhos morais, propiciando-se à criatura humana saúde espiritual, plenitude de vida e realização interior.  O apego à sensualidade e aos bens transitórios produz o pavor da morte, redundando em desarmonias internas que de forma alguma impediriam o processo desencarnatório, às vezes apressando-o, em face dos elementos destrutivos que a mente elabora e sustenta. No sentido inverso, a aceitação jubilosa do inevitável faculta a ampliação de tempo nas experiências terrenas, porque o psiquismo compreende que morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade. Ninguém, assim, aprenderia a viver, se não fosse lograda a tarefa de aprender a morrer. De fato, o processo da morte real inicia-se na plenitude das forças, quando a mente se apega e se apaixona por pessoas e coisas, enovelando-se em fixações que pretende permanentes, esquecendo-se da transitoriedade de todas elas enquanto na Terra. (Morrendo para viver, pp. 83 e 84.)

Conforme a experiência corporal, assim será o desligamento espiritual - Para desvencilhar-se das amarras do organismo físico, necessita o Espírito de adestramento e habilidade, que se desenvolvem desde quando deambula encarcerado no mecanismo da reencarnação. As impressões longamente fixadas e as sensações vividas com sofreguidão assinalam profundamente os tecidos sutis do perispírito, impondo necessidades e dependências, que a morte não consegue, de imediato, interromper. Da mesma forma que o processo reencarnatório se alonga desde a concepção até os primeiros momentos da adolescência, num complexo assenhoreamento das células que se submetem aos moldes docorpo de plasma biológico, a liberação da clausura exige um período de adaptação à realidade de retorno, dependendo, de certo modo, dos condicionamentos impostos pelo uso das funções fisiopsicológicas, que geram amarras fortes ou as diluem na sucessão do tempo, em face do teor vibratório de que se revestem as aspirações vividas ou acalentadas. A ruptura dos vínculos de manutenção do Espírito ao corpo é somente um passo inicial na demorada proposta da desencarnação. Normalmente encharcado de impressões de forte teor material, o Espírito se demora mimetizado pelas vibrações a que se ambientou, prosseguindo sob estados de variadas emoções que o aturdem. Quando aclimatado às experiências psíquicas e mediúnicas, mais fácil se lhe faz o desenovelar-se dos grilhões que o prendem à retaguarda, readquirindo a lucidez, cuja claridade racional apressa o mecanismo de libertação. Mesmo assim, necessita de conveniente adaptação, a fim de readquirir as funções que jaziam bloqueadas pelo corpo ou sem uso conveniente, em razão do comportamento carnal. A mente responde, assim, por vasta quota de responsabilidade no fenômeno da morte física. Conforme a experiência corporal, assim se fará o desligamento espiritual. (Processo desencarnatório, pp. 89 e 90.)


Morrer faz parte do compromisso da vida -  Nesse transe, para o qual todos os homens se devem preparar, através de exercícios de renúncia e desapego, torna-se imprescindível o conhecimento da vida espiritual, que estua, atraente, dando curso a quaisquer empreendimentos que, por acaso, fiquem interrompidos... O capítulo mais penoso da convalescença post-mortem é desimpregnar-se das sensações mortificantes que anteriormente o escravizaram. Acostumado a viciações e hábitos perniciosos, que se comprazia em vitalizar com atitudes físicas e mentais, vê-se o desencarnado subitamente interditado de dar-lhes prosseguimento, o que então lhe constitui tormento inenarrável, levando-o a arrojar-se sobre os despojos em decomposição, ávido de gozo impossível, nele próprio produzindo estados umbralinos de perturbação psíquica em que passa a jazer por longo período, ou se atira, por afinidade de gostos, em intercursos obsessivos, em que suas vítimas lhe emprestam o veículo para a nefária dependência... (N.R.: Nefária: nefanda, perversa, abominável.) A morte já não é um ponto de interrogação, como antes, graças às informações dos que lhe transpuseram a aduana e retornam para desvelar os aparentes enigmas que a vestiam com o misterioso e o sobrenatural. O Espírito veste-se e despe-se do corpo obedecendo ao automatismo das leis do progresso, sendo facultado aos que o desejem, pelo esforço e estudo, a aprendizagem e o uso das técnicas de renascer e desencarnar sem choques nem padecimentos, perfeitamente evitáveis. Entendendo que a morte faz parte do compromisso da vida, o homem arma-se de valores para o momento de sua própria libertação, como da libertação dos afetos, que voltará a encontrar na grande pátria de que todos procedemos. Com esse cuidado completa-se o quadro de auxílio aos desencarnados, por parte dos familiares e amigos que permanecerão por mais um pouco no corpo, evitando-se as emissões de ondas mentais de rebeldia e desespero, de mágoa e angústia, que são verdadeiros ácidos que ardem e requeimam naqueles desencarnados em cuja direção se arremessam tais vibrações de desconforto e insatisfação. Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu... A experimentação mediúnica desenvolvida pelo Espiritismo é o mais seguro guia destinado a esclarecer o transe da morte e preparar os homens para a inevitável decorrência libertadora, que dependerá, contudo, de cada criatura. (Processo desencarnatório, pp. 90 e 91.)
   
A perturbação após a morte depende de nossa conduta moral - Partindo-se da experiência espírita que elucida o fenômeno da morte, ressuma a filosofia comportamental que se alicerça na moral cristã, lavrada no amor a Deus e ao próximo, a expressar a vivência da caridade sob todas as modalidades e em cuja prática o Espírito evolve, progredindo sem cessar no rumo da plenitude. Como efeito da conduta moral e das aspirações a que se vincula o Espírito, o seu estado de perturbação após a morte do corpo perdura por breve ou largo tempo, fenômeno natural quanto lógico. Quase todos os desencarnados experimentam a turbação que sucede ao desprendimento da matéria. A intensidade e o prazo variam conforme as condições de cada um. As pessoas que viveram para o prazer, usufruindo sensações e gozos desenfreados,  recusam-se a compreender a ocorrência liberadora,  já que  prosseguem fixados aos sentidos  e apetites a que se vincularam, sofrendo inenarráveis angústias por não serem atendidos nos hábitos antigos, mesmo que se esforcem até quase à exaustão. Outros indivíduos, que eliminaram da mente qualquer possibilidade de sobrevivência ao cadáver, hibernam-se, experimentando inconcebíveis pesadelos que decorrem dos fenômenos biológicos em contínua transformação e que neles se impõem por tempo indeterminado. Os onzenários e egoístas, os delinqüentes de qualquer tipo, vêem a tragédia do mau uso que os seus herdeiros ora fazem dos bens avaramente acumulados, assim como as consciências criminosas enfrentam suas vítimas, algumas das quais as perdoam, tornando-se insuportável a presença delas. (Processo desencarnatório, pág. 92, e Perturbação no Além-Túmulo, pág. 93.)

O homem diligente e caridoso tem um despertar suave e rápido - Pior ainda é-lhes a sujeição que passam a sentir sob as vítimas que os descobriram no mundo espiritual e -- inferiores que são -- buscam vingar-se com agressividade, não lhes dando tempo a que recuperem sequer a lucidez a respeito da própria situação. Os que foram arrebatados por morte violenta, por imprevidência, precipitação ou desleixo, em atos suicidas, continuam imantados aos despojos putrescíveis por muito tempo. Os suicidas são aqueles que mais penosa perturbação experimentam, como conseqüência da rebeldia que os alucinou, alongando-se-lhes o drama do momento final, quase que infinitamente, pela impossibilidade mental e emocional de dimensionarem o tempo. A tranqüilidade espiritual na ultratumba deve ser trabalhada adredemente, qual ocorre em qualquer realização, cujo clímax é o resultado de uma programação cuidadosa. Encerrando a vida biológica apenas, a morte, na condição de hábil cirurgiã, interrompe somente os laços que prendem o Espírito ao corpo físico, dependendo daquele a liberação emocional deste último. Quem jamais se preocupou com essa lei da fatalidade orgânica, sofre, com a surpresa que o assalta, as conseqüências do medo, das imagens fantasistas a que se acomodou e da realidade pujante da qual não se pode furtar. O inverso igualmente se dá, facultando ao homem justo e diligente, honesto e caridoso, um suave e rápido despertar, recepcionado pelos amores que o anteciparam e o aguardam felizes... De alguns minutos apenas ou de poucas horas é-lhe a duração do estado aflitivo, perturbador, ou passado em sono agradável, do qual desperta em festa de alegria pelos reencontros formosos. As enfermidades de longo curso, os sofrimentos e provações bem suportados propiciam ao Espírito o lento desprender-se dos condicionamentos mundanos, favorecendo o pensamento com projeções da vida triunfante, que constata com facilidade e rapidez. Todo e qualquer hábito longamente cultivado impregna o indivíduo que se lhe submete, mesmo quando dele deseja libertar-se. (Perturbação no Além-Túmulo, pp. 94 e 95.)

Gledson Barreto

A morte


A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continua...
m vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

 
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi.

S
anto Agostinho
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