Prezados Irmãos em Cristo,




Nosso desejo é expandir a Luz de acordo com os preceitos de Cristo, alicerçados na doutrina espírita através das orientações dos Espíritos Superiores, norteados também pela codificação de Allan Kardeck.

A Depressão e o Espírita


Como participante do movimento espírita, sempre que estou numa reunião doutrinária, fico a observar a condução dos nossos amigos colaboradores no trato de assistência àqueles que lá se encontram, seja ele encarnado ou desencarnado. Pois bem, numa dessas noites, o tema central era: DEPRESSÃO; tema complexo e de difícil trato, pois certamente encontraríamos entre os presentes, alguém que já tenha vivido esse mal, ele próprio ou outra pessoa de seu relacionamento. As causas dessa doença nossa medicina ainda titubeia em garantir, mas sabe-se que há muitas mentes empenhadas em descobrir para que se possa levar o lenitivo ao paciente.
Escutei um depoimento de uma participante que foi um verdadeiro ensinamento cristão. Ela vive há mais de oito anos com o seu esposo com várias patologias graves e há pouco mais de dois anos o mesmo vive um quadro depressivo face as duras provas a que ele vive com seu quadro doentio. Não sabemos ao certo como ocorreram as graves doenças, contudo, ela nos trouxe uma realidade em que o esposo-depressivo considera-se um peso para ela e a família, e que a ele, inútil, só lhe resta a morte, pois não há mais o que ele possa fazer de produtivo a ninguém. Como disse-nos, médicos, remédios, tratamentos, tudo está sendo oferecido ao seu esposo, que ela própria o coloca como homem bom, digno, trabalhador e forte, mas que suas mazelas do corpo o corroeram tão forte o espírito que hoje ele não tem mais o domínio sobre sua mente. Precisa de remédios para voltar a ter consciência de sua existência.
E aí? Como ficamos diante de quadro tão explícito? Vale ressaltar que a declarante em nenhum momento se coloca como vítima. Muito pelo contrário. Seu depoimento foi corajoso e mostra que temos que encarar nossas dificuldades e sempre que possível, devemos dividir como outros, afim de que, haja uma troca positiva de experiências e sentimentos.
Meus amigos, a platéia ficou parada diante disso, inclusive eu. Nenhuma palavra foi dita em prol daquele quadro. Nem mesmo nossos colaboradores foram capazes de expor alguma coisa para ela.  Após alguns segundos, fiz uma oração pedindo a Deus umas palavras que pudessem diminuir a carga de emoção que havia na sala. Peguei o Evangelho Segundo o Espiritismo e busquei o índice. Achei: Capítulo 5 “Bem Aventurados os Aflitos”. Li rapidamente, em silêncio, e conclui que seria uma boa chance de abrir uma nova discussão na reunião. Mas ao examinar o semblante daquela mulher: firme, olhar decidido, feições juvenis, percebi então que ela não precisava mais de nenhuma leitura. Enquanto aos outros, pensamentos mil, recordações, deduções, sentimentos diversos... aquela seria uma boa hora para a compreensão desse capítulo. Contudo, não tínhamos mais tempo suficiente. O coordenador da reunião conduziu nossos pensamentos para o desfecho daquela sessão.
Fiquei com uma impressão de que a Depressão é uma doença cruel, traiçoeira, maldita. Se não fosse a confiança que tenho em Deus, de que somos nós mesmos os responsáveis por nossos atos e que tudo que vivemos a cada encarnação, nos vem como prova e, mesmo dura como essa do nosso amigo, deve ser encarada com dignidade. Se formos sensíveis ao que Cristo nos ensinou, devemos vigiar nossos pensamentos a cada instante (orar e vigiar), não permitir que certos pensamentos invadam nossa mente, que assumamos uma atitude de servir ao próximo, ser útil é como arar a terra, deixa nossa mente oxigenada, feliz. O depressivo sente falta de amor. Se não sabemos amar sem cobranças, sem troca, que comecemos agora a praticar. Que o Deus vivo habite em nossa alma encarnada, para que não soframos desse mal e nem de outros. Sabemos que nosso corpo sofre do que vem de nossa alma triste ou entregue aos sentimentos extremados de orgulho, vaidade e desamor. Vivamos intensamente. Que nossa vibração irradie para todo aquele que esteja carente. Que um dia possamos viver em paz e em comunhão com Jesus.
Por Antonio Melo

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